domingo, 12 de abril de 2009


«Hoje olho a lua impassivelmente e até com pressa. A tal rapariguinha sonhadora jaz em mim. Mas sem me fazer sombra nem pena. É um galho separado do tronco. A nossa vida não é mais que uma série de galhos, uns sobrepondo-se aos outros. São entre si tão semelhantes e tão diferentes!
Sim, a lua ainda é bela. Mas eu creio que hoje só a olho à procura de beleza (para quê?) e não de romances, como em criança.»

(1992: 58)